Ímãs e moralidade
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Imã interferindo no cérebro humano (Imagem gerada por IA em Google Whisk) |
por Fazale Rana
1º de junho de 2010
O herói da história, involuntariamente, encontra um campo magnético de alta energia** e é transformado para sempre por ele. Embora este cenário pareça saído de uma história em quadrinhos, não se trata de ficção científica, mas sim de um fato científico.
Uma equipe de neurocientistas do MIT ganhou as manchetes recentemente ao relatar que poderia alterar a capacidade de uma pessoa de fazer julgamentos morais enviando pulsos magnéticos ao cérebro, desativando temporariamente uma região chamada junção temporoparietal direita (JTPd*). [1]
A descoberta deles traz implicações filosóficas e teológicas significativas. Como afirma o cientista responsável pelo trabalho: "Pensamos na moralidade como um comportamento de nível realmente elevado (...) Ser capaz de aplicar (um campo magnético) a uma região específica do cérebro e mudar os julgamentos morais das pessoas é realmente impressionante." [2]
Nosso senso de certo e errado é meramente orgânico? Essas qualidades que tornam os humanos únicos são apenas o resultado da química e da fisiologia do cérebro? Ou existe outra maneira de pensar sobre esses resultados?
Pesquisas anteriores demonstraram que a região da articulação temporomandibular direita (JTPd) apresenta atividade metabólica aumentada quando os participantes do estudo são apresentados a cenários que descrevem ações e crenças morais. Essa descoberta levou os neurocientistas do MIT a especular que essa área do cérebro desempenha um papel no julgamento moral. Para testar a ideia, eles buscaram desativar temporariamente a JTP de vários participantes, enviando pulsos magnéticos ao cérebro. Esses pulsos interrompem a atividade elétrica dos neurônios nessa região cerebral. A JTP permaneceu desativada por cerca de 12 minutos quando a estimulação magnética transcraniana foi aplicada.
Durante os doze minutos de inativação, os participantes do estudo receberam diversos cenários de vida e foram solicitados a avaliar a permissibilidade moral de cada um. Os participantes foram apresentados a um de quatro cenários possíveis, nos quais:
1º de junho de 2010
Ele foi transformado em aço
No grande campo magnético
Quando ele viajou no tempo
Pelo futuro da humanidade
Geezer Butler / Tony Iommi / Ozzy Osbourne / Bill Ward
O herói da história, involuntariamente, encontra um campo magnético de alta energia** e é transformado para sempre por ele. Embora este cenário pareça saído de uma história em quadrinhos, não se trata de ficção científica, mas sim de um fato científico.
Uma equipe de neurocientistas do MIT ganhou as manchetes recentemente ao relatar que poderia alterar a capacidade de uma pessoa de fazer julgamentos morais enviando pulsos magnéticos ao cérebro, desativando temporariamente uma região chamada junção temporoparietal direita (JTPd*). [1]
* N. do R. T.: Em português, o que pude encontrar na internet foi apenas uma sigla geral para junção temporoparietal, que é JTP. A colocação do ‘d’ é uma adaptação minha do que vi na internet em inglês (rTPJ, right TemporoParietal Junction).
A descoberta deles traz implicações filosóficas e teológicas significativas. Como afirma o cientista responsável pelo trabalho: "Pensamos na moralidade como um comportamento de nível realmente elevado (...) Ser capaz de aplicar (um campo magnético) a uma região específica do cérebro e mudar os julgamentos morais das pessoas é realmente impressionante." [2]
Nosso senso de certo e errado é meramente orgânico? Essas qualidades que tornam os humanos únicos são apenas o resultado da química e da fisiologia do cérebro? Ou existe outra maneira de pensar sobre esses resultados?
Pesquisas anteriores demonstraram que a região da articulação temporomandibular direita (JTPd) apresenta atividade metabólica aumentada quando os participantes do estudo são apresentados a cenários que descrevem ações e crenças morais. Essa descoberta levou os neurocientistas do MIT a especular que essa área do cérebro desempenha um papel no julgamento moral. Para testar a ideia, eles buscaram desativar temporariamente a JTP de vários participantes, enviando pulsos magnéticos ao cérebro. Esses pulsos interrompem a atividade elétrica dos neurônios nessa região cerebral. A JTP permaneceu desativada por cerca de 12 minutos quando a estimulação magnética transcraniana foi aplicada.
Durante os doze minutos de inativação, os participantes do estudo receberam diversos cenários de vida e foram solicitados a avaliar a permissibilidade moral de cada um. Os participantes foram apresentados a um de quatro cenários possíveis, nos quais:
- O ator moral tinha uma boa intenção e sua ação levou a um bom resultado.
- O ator moral tinha uma boa intenção e sua ação levou a um resultado ruim.
- O ator moral tinha uma má intenção e sua ação levou a um bom resultado.
- O ator moral tinha uma má intenção e sua ação levou a um mau resultado.
Normalmente, quando se realiza um julgamento moral, a permissibilidade de uma ação é determinada tanto pela crença na intenção do autor quanto pelo resultado da ação. Uma ação que produz um resultado ruim (ou prejudicial) pode ser julgada como moralmente aceitável se a intenção do autor for boa. Da mesma forma, uma ação que leva a um resultado bom pode ser considerada inadmissível se a intenção do autor for má.
Os pesquisadores descobriram que o pulso magnético aplicado ao JTPd não impediu os sujeitos do teste de fazer julgamentos morais, mas impactou sua capacidade de reconhecer a intenção do autor ao determinar a permissibilidade de uma ação. Em vez disso, cada pessoa teve que confiar amplamente no resultado da ação para julgar a permissibilidade moral. Presumivelmente, quando o JTPd não consegue funcionar, os sujeitos não recebem mais informações sobre a intenção do autor ao fazer julgamentos morais. Mas eles ainda eram capazes de fazer esses julgamentos. Portanto, apesar das manchetes, o acesso aos dados necessários foi perdido, mas não a capacidade de fazer determinações morais.
Embora estudos sobre a atividade cerebral como esses sejam frequentemente considerados evidências da origem evolutiva da singularidade humana, eles podem ser compreendidos a partir de uma perspectiva cristã. Tal modelo demonstra que o cérebro humano é "programado" para o julgamento moral, uma noção provocativa à luz de passagens como Romanos 2:14-15, que ensina que todos os seres humanos têm a Lei "escrita em seus corações".
Portanto, estruturas como a JTPd do cérebro podem ser consideradas como características criadas para sustentar a manifestação da imagem de Deus. O cérebro pode ser considerado o "hardware" que permite que a imagem de Deus (o "software") se manifeste. Se o hardware for danificado (neste caso, rompido por pulsos magnéticos), a imagem de Deus permanece. Ela ainda está ativa; apenas não pode ser expressa adequadamente.
Mais do que mera química ou fisiologia cerebral, este estudo apoia um modelo bíblico de criação que vê a moralidade como produto de um Ser moral.
Notas de Fim
- Liane Young et al., “Disruption of the Right Temporoparietal Junction with Transcranial Magnetic Stimulation Reduces the Role of Beliefs in Moral Judgments”, Proceedings of the National Academy of Sciences, USA 107 (2010): 6753–58.
- “Moral Judgments Can Be Altered”, EurekAlert, https://www.eurekalert.org/pub_releases/2010-03/miot-mjc032510.php, acessado em 3 de março de 2010. {O link apresentado na referência não funciona mais. Este outro aqui parece ser a versão mais atual da página referida: https://www.eurekalert.org/news-releases/739029.}
________________________
Traduzido de Magnets and Morality (RTB)
** N. do R. T.: O link original aponta para um vídeo da música no YouTybe, mas o vídeo não está mais disponível. Substituí-o por um link para a letra da música completa.
Etiquetas:
capacidade de julgamento moral do homem, humano - cristianismo
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