O Dilúvio de Noé foi realmente global?
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| A Arca de Noé navegando num (teórico) dilúvio de nível global (Imagem gerada por IA em Google Whisk) |
Observações:
- Conteúdos entre "{ }" são inserções minhas.
- Após a leitura deste artigo, veja também esta lista de outras postagens do blog que tratam do Dilúvio de Noé (incluindo uma de onde se pode baixar um e-book gratuito).
por Hugh Ross
17 de dezembro de 2025
Pergunta: Gênesis 7 diz que “todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu (...)” foram cobertos pelas águas. Por que você insiste em negar que o Dilúvio de Noé foi global, mesmo se declarando cristão?
Resposta: Você encontrará uma frase semelhante sobre as águas cobrindo toda a Terra em Gênesis 8:9, enquanto Gênesis 8:5 prova que o globo terrestre inteiro não foi coberto, como em Gênesis 7:19. Gênesis 7:19 implica que Noé só conseguia ver a água de um horizonte ao horizonte oposto, assim como a pomba em Gênesis 8:9, voando sobre as águas, só conseguia ver a água de um horizonte ao horizonte oposto. Todo o mundo de Noé em Gênesis 7:19, incluindo todas as colinas e/ou montanhas com as quais ele e toda a humanidade estavam familiarizados, foi inundado. Como afirma 2 Pedro 2:5, Deus trouxe o dilúvio sobre o mundo dos ímpios. Esse mundo claramente não se estendia à Antártida, Groenlândia ou Kergeulen. O Salmo 104:6-9 é uma das várias passagens bíblicas que declaram que, após Deus criar as massas de terra no terceiro dia da criação, essas massas de terra serviriam como barreiras permanentes que impediriam as águas de cobrir a Terra. O Salmo 104:9 {ARC} diz: “(...) não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra”. Assim, se interpretarmos todos os textos bíblicos sobre a criação de forma literal e consistente, refutamos um dilúvio global como o de Noé, mas ensinamos que o dilúvio, mesmo assim, dizimou toda a humanidade.
17 de dezembro de 2025
Pergunta: Gênesis 7 diz que “todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu (...)” foram cobertos pelas águas. Por que você insiste em negar que o Dilúvio de Noé foi global, mesmo se declarando cristão?
Resposta: Você encontrará uma frase semelhante sobre as águas cobrindo toda a Terra em Gênesis 8:9, enquanto Gênesis 8:5 prova que o globo terrestre inteiro não foi coberto, como em Gênesis 7:19. Gênesis 7:19 implica que Noé só conseguia ver a água de um horizonte ao horizonte oposto, assim como a pomba em Gênesis 8:9, voando sobre as águas, só conseguia ver a água de um horizonte ao horizonte oposto. Todo o mundo de Noé em Gênesis 7:19, incluindo todas as colinas e/ou montanhas com as quais ele e toda a humanidade estavam familiarizados, foi inundado. Como afirma 2 Pedro 2:5, Deus trouxe o dilúvio sobre o mundo dos ímpios. Esse mundo claramente não se estendia à Antártida, Groenlândia ou Kergeulen. O Salmo 104:6-9 é uma das várias passagens bíblicas que declaram que, após Deus criar as massas de terra no terceiro dia da criação, essas massas de terra serviriam como barreiras permanentes que impediriam as águas de cobrir a Terra. O Salmo 104:9 {ARC} diz: “(...) não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra”. Assim, se interpretarmos todos os textos bíblicos sobre a criação de forma literal e consistente, refutamos um dilúvio global como o de Noé, mas ensinamos que o dilúvio, mesmo assim, dizimou toda a humanidade.
Comentário de acompanhamento deixado por um leitor na postagem do Facebook e elogiado por Hugh Ross:
Resposta Ampliada
- A questão central não é se o Dilúvio foi real ou devastador. As Escrituras são claras quanto a isso. A questão é o que a própria Bíblia quer dizer com frases como “toda a terra” e “debaixo de todos os céus”.
- A Bíblia usa regularmente uma linguagem universal para descrever a totalidade dentro de um contexto humano ou de aliança definido. As Escrituras fazem isso sem pretender uma descrição técnica ou planetária. Portanto, Gênesis 7 deve ser interpretado pelo seu contexto imediato e pelo restante das Escrituras.
- Gênesis 7:19 {ARC} afirma que “E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu foram cobertos”. Essa linguagem descreve o que Noé experimentou e observou. De um horizonte visível ao horizonte oposto, havia apenas água.
- Essa interpretação é confirmada por Gênesis 8:9. Quando a pomba é solta, ela não encontra lugar para pousar porque só consegue ver água. A pomba não observa o globo inteiro. Ela observa o mundo visível. A linguagem em Gênesis 7 e Gênesis 8 é observacional e experiencial, não astronômica.
- Gênesis 8:5 esclarece ainda mais o alcance. Afirma que os cumes das montanhas se tornaram visíveis enquanto as águas ainda estavam recuando. Este detalhe é crucial. Se todas as montanhas da Terra tivessem sido submersas, incluindo as maiores elevações do planeta, essa sequência seria fisicamente incoerente dentro da própria narrativa bíblica.
- Portanto, a frase “todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu” {ARC} deve se referir a todas as terras conhecidas no mundo da humanidade naquela época. Não exige montanhas em continentes que a humanidade nunca habitou ou sequer concebeu.
- As próprias Escrituras definem o propósito e o alvo do Dilúvio. Segunda Pedro 2:5 diz que Deus trouxe o Dilúvio sobre “o mundo dos ímpios”. Essa é uma definição moral e antropológica, não geológica. O Dilúvio destruiu o mundo da humanidade porque a humanidade havia se corrompido completamente.
- A Bíblia não afirma em nenhum lugar que existiam humanos na Antártida, na Groenlândia ou em massas de terra oceânicas remotas, como Kerguelen. O Dilúvio não precisava cobrir lugares onde não havia pessoas para cumprir o julgamento de Deus.
- O Dilúvio dizimou toda a humanidade, exceto aqueles preservados na Arca. Nesse sentido, foi total, completo e universal. Toda sociedade, cultura e linhagem humana fora da Arca foi destruída. Nada nessa conclusão diminui a seriedade do julgamento de Deus.
- O Salmo 104:6-9 introduz outro limite bíblico essencial. Essa passagem fala de Deus estabelecendo limites permanentes para os mares após a criação da terra. O versículo 9 afirma que Deus estabeleceu limites para que as águas nunca mais cobrissem a terra.
- É importante ressaltar que o Salmo 104 descreve a ordem da criação, não apenas uma promessa feita após o Dilúvio. Ele ensina que, uma vez que a terra emergiu no terceiro dia da Criação, Deus fixou limites para os mares como parte do projeto do mundo.
- Se esses limites são permanentes, como afirma o Salmo, então nenhum evento posterior poderia tê-los desfeito sem contradizer a própria declaração de Deus. As Escrituras não podem ser interpretadas de uma maneira que as faça se contradizer.
- Alguns respondem dizendo que o Salmo 104 se refere apenas ao mundo pós-Dilúvio. Mas o Salmo situa explicitamente esse ato dentro da própria criação, muito antes de Noé. Ele descreve a ordenação original de Deus da terra e do mar.
- Portanto, uma leitura consistente e literal de todos os textos bíblicos sobre a criação não permite um dilúvio que submerge todas as massas de terra do planeta. Ao mesmo tempo, esses mesmos textos insistem que o Dilúvio destruiu completamente o mundo humano.
- O Dilúvio foi universal em julgamento, abrangente em destruição e absoluto em consequências morais. Simplesmente não foi uma reinicialização geológica de todo o globo.
Por que essa visão é cristã?
- Essa interpretação não surge da ciência moderna forçando as Escrituras a mudarem. Ela surge da interpretação das Escrituras pelas próprias Escrituras.
- Ela afirma a historicidade de Noé, a realidade do julgamento divino, a necessidade da salvação e a fidelidade de Deus em preservar a vida por meio da aliança.
- Ela leva a sério a autoridade de Gênesis, o testemunho dos Salmos, o ensinamento de Pedro e a coerência interna da Bíblia.
- O cristianismo não exige crer em algo além do que as Escrituras ensinam. Exige crer no que as Escrituras realmente dizem.
Resumo Final
O Dilúvio foi global em termos humanos, não planetário em termos geológicos. Destruiu o mundo inteiro da humanidade porque a própria humanidade havia se tornado completamente corrupta. Quando as Escrituras são lidas literalmente, de forma consistente e em harmonia consigo mesmas, elas ensinam sobre um Dilúvio real que julgou todas as pessoas sem exigir a submersão de todos os cantos do planeta.
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Traduzido de uma postagem de Hugh Ross em seu perfil no Facebook
Etiquetas:
dilúvio bíblico - dilúvio de Gênesis - dúvida cristã - questionamento cristão - criacionismo (progressivo) da Terra velha

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